Ontem, Brasília foi palco de uma grande manifestação “a favor” da
liberdade de expressão, da vida e da família tradicional. Liderada pelo pastor
Silas Malafaia, a concentração reuniu cerca de 40 mil pessoas, entre
evangélicos, católicos e simpatizantes. Como em outros assuntos, o
fundamentalismo religioso (re)produz pensamentos falaciosos que alienam e
promovem retrocesso. Um desses pensamentos é a defesa do que eles chamam de
“família tradicional”.
Segundo o pensamento
evangélico (nem sempre bíblico), o único modelo de família é composto por pai,
mãe e filhos. Acreditam que, com isso, estão de pleno acordo com o que diz a
Bíblia. Acreditam, também, que, com a defesa da “família tradicional” não estão
discriminando pessoas. Ledo engano!
Ao defender a família
tradicional, os evangélicos acabam excluindo outras famílias. E não estou me
referindo às famílias homoparentais ou homoafetivas. Refiro-me a toda constituição
familiar que foge do modelo tradicional: casais sem filhos, mães ou pais
sem cônjuge (famílias monoparentais), órfãos de pai, mãe ou de ambos; famílias cujos filhos sejam
adotados; famílias formadas por avós e netos; formada por irmãos, enfim! Todo modelo
familiar que foge ao modelo tradicional.
Ao defender o modelo
tradicional, a igreja está dizendo às demais famílias: vocês não são família!
Vocês estão indo contra aquilo que foi estabelecido por Deus para ser família!
Não são dignos de serem assim chamados! É claro que a igreja não diz isso para
essas famílias! Não diz diretamente, mas o fazem ao defender a “família
tradicional” como único propósito de Deus para homens e mulheres. O pior é que
as famílias diferentes que estão dentro dessas igrejas reproduzem o mesmo
discurso que as exclui. Isso chama-se alienação religiosa. O alienado defende
um discurso que a ele mesmo exclui mas ele não se dá conta disso. A verdade não aliena, mas liberta da alienação (João 8.32)
O que Deus pensa sobre essa questão? Certamente Deus não pensa como essas lideranças alienadas e alienantes. Vamos exemplificar de maneira muito clara como Seu filho, Jesus Cristo, tratou as famílias diferentes. Jesus definiu muito bem quem é sua família. E, pasmem! Ele não se referiu à sua família carnal, pois nem seus irmãos criam nele! (João 7.5) Segundo as palavras do Mestre, todos que fazem a vontade de Seu Pai são Sua família! Isso quer dizer que, com Jesus, eu sou família, você é família, desde que façamos sua vontade! (Confira Mateus 12.46-50)
O que Deus pensa sobre essa questão? Certamente Deus não pensa como essas lideranças alienadas e alienantes. Vamos exemplificar de maneira muito clara como Seu filho, Jesus Cristo, tratou as famílias diferentes. Jesus definiu muito bem quem é sua família. E, pasmem! Ele não se referiu à sua família carnal, pois nem seus irmãos criam nele! (João 7.5) Segundo as palavras do Mestre, todos que fazem a vontade de Seu Pai são Sua família! Isso quer dizer que, com Jesus, eu sou família, você é família, desde que façamos sua vontade! (Confira Mateus 12.46-50)

Ter ou pertencer a uma
família tradicional não é nenhuma garantia de que Jesus habite e opere nela. O
Mestre faz morada em qualquer família, tradicional ou não, desde que esta O hospede, O adore, O celebre! Lázaro, Marta e Maria, uma família não tradicional que é
modelo de família, a família que Jesus escolheu.
O que vai definir seu
pensamento sobre família? As palavras e atitudes de Jesus ou dos
fundamentalistas evangélicos? Que as palavras e atitudes do Mestre falem mais
alto em sua vida!
Faço a vontade do Pai. Sou parte da família de Jesus e Ele é parte da minha família. Nem Silas Malafaia, Marco Feliciano ou qualquer outra criatura poderá mudar essa verdade, anunciada e firmada no Evangelho.
Faço a vontade do Pai. Sou parte da família de Jesus e Ele é parte da minha família. Nem Silas Malafaia, Marco Feliciano ou qualquer outra criatura poderá mudar essa verdade, anunciada e firmada no Evangelho.
Falou por mim, Pr. Alexandre! Obrigado.
ResponderExcluirNesses movimentos e em outros do mesmo naipe, o que me agrava ainda mais, são duas coisas.
A primeira é a meneira estratégica com a qual os sagazes líderes evangélicos depositam o aborto e o casamento homoafetivo em uma mesma conta. Apartir disto, o fiel povão da igreja (nem sempre tão cristão) e aqueles que nem vivem uma cristandade nem vão à igreja mas a hipocrisia os ensinara a “se oporem ao mau”, saem pelas ruas, com um brado retumbante dizendo: “Salvem a família das terríveis garras de Satanás, da crueldade do aborto e do demônio do homessexualismo!”
A segunda é como no mesmo pacote, eles incluem a liberdade de religião ou expressão religiosa. Nessa estratégia, o preconceito e a discriminação podem se camuflar em expressão de fé, preservando aos “cristãos”,o direito de apontar para alguém que é GLBT e dizer “se arrependam ou vão para inferno.” Imagine você com seu esposo (ou esposa, no caso das nossas irmãs lésbicas) e seu filho caminhando em um final de tarde, em uma pracinha, curtindo aquele dia em família e de repente aparece um “evangelista” querendo pregar a palavra e diz que você precisa se arrepender do teu “estilo de vida” ou vai para o inferno. Gente... Se alguém, hoje, fala isso pra mim mesmo na ausência do meu esposo e filho (ainda não tenho filho mas terei), eu vou precisaria estar como espírito MUITO bem alimentado para que a minha carne não fizesse bobagem. No meu tempo, evengelizar significava falar de Jesus e viver um bom testemunho. Mas me parece que hoje isso mudou um pouco. 'Evangelizar' tornou-se 'ter liberdade para condenar.'
Hugs
Jon