O
preconceito ainda é o principal agente de exclusão e discriminação à comunidade
trans. A igreja inclusiva brasileira, para ser, de fato, assim chamada,
necessita dar mais atenção àqueles e àquelas que são ainda mais marginalizados
do que gays e lésbicas, quer na família, na sociedade, no trabalho ou no universo acadêmico. Hoje, dia Nacional da Visibilidade Trans, nosso
Blog, mais uma vez, aborda o assunto, como forma de contribuir para o
esclarecimento que põe fim ao preconceito. Entenda, no seguinte artigo,
retirado do livro A Igreja Trans, o
que é identidade de gênero.
Por Alexandre Feitosa
Para melhor entendermos o sentido da expressão Identidade de
Gênero, é importante definirmos o significado de sexo e gênero.
O sexo refere-se
às características biológicas específicas dos aparelhos reprodutores masculino
e feminino, às suas funções e aos caracteres sexuais secundários ocasionados
pelos hormônios. É o sexo que determina que os homens têm pênis e as mulheres
têm vagina. O sexo refere-se aos componentes biológicos do corpo. Nem sempre o
sexo define a identidade de gênero de uma pessoa, bem como nem sempre há
correspondência do sexo com a orientação sexual do indivíduo.
Gênero é um conceito pessoal, individual e
subjetivo que pertence ao âmbito cultural e social. Não é uma entidade
biológica, é um empreendimento realizado pela sociedade para transformar o ser
nascido com vagina ou pênis em mulher ou homem. Nesse sentido, gênero é uma
construção social. É preciso um investimento, uma influência direta da família
e da sociedade para transformar um bebê em 'mulher' ou 'homem'. Essa construção
é realizada, reforçada, e também fiscalizada ao longo do tempo, principalmente,
pelas instituições sociais. São elas: a igreja, a família e a escola. Gênero
refere-se aos papéis sociais diferenciados para mulheres e homens.
[...] o conceito de ‘gênero’ reúne aspectos psicológicos,
sociais e históricos associados à feminilidade, por um lado, e à masculinidade,
por outro. As concepções daquilo que é masculino e daquilo que é feminino
variam de cultura para cultura (e até mesmo dentro de uma mesma cultura) com o
passar do tempo.[1]
"A Igreja Trans", do pastor
Alexandre Feitosa: o único livro
a abordar o assunto especialmente
com foco na inclusão da comunidade
trans à Igreja.
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Para uma minoria, entretanto, essa correspondência
tradicional não acontece: o sexo biológico não corresponde ao sexo psicológico.
Dessa forma, há uma inversão das performances tradicionais de gênero, ou seja,
das marcas, comportamentos e atitudes próprias do homem ou próprias da mulher.
Quando isso acontece, dá-se o nome de transgeneridade.
Os indivíduos que apresentam essa inversão do conceito tradicional de gênero
são denominados transgêneros.
Transexuais e travestis constituem a maioria transgênera, embora, para muitos
teóricos da sexualidade, o termo transexual seja também aplicável às travestis.
Entretanto, para não confundi-los, é importante ressaltar as diferenças entre
esses dois grupos principais.
João Nery,
primeiro homem trans brasileiro
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[1]
Rafael Kalaf Cossi, Corpo em Obra,
NVersos Editora, p. 69.
Sou transexual e membro de uma Igreja Inclusiva em Fortaleza, gostaria de adquirir o livro "A Igreja Trans", mas pelo pagseguro da uol nunca consigo comprar nada, meu e-mail de contato: satynehaddukan@hotmail.com Paz e graça!
ResponderExcluirGraça e paz, Satyne!
ExcluirQue alegria receber seu comentário e saber que pertence a uma igreja inclusiva!
Bom, estou enviando uma proposta de compra do livro "A Igreja Trans" para seu e-mail.
Abraços fraternos e volte sempre!
Pr. Alexandre Feitosa
Acho que o texto acima deixou a desejar, pois nao explica a diferença entre travestis e transexuais, pois como a maioria julga a aparencia e como tal se entende que seja a mesma coisa e nao é assim, pois ambos apesar da aparencia...tem necessidades e objetivos bem distintos, jogar tudo isso na mesma panela é banalizar as necessidades das transexuais, pois no final se vai resumir a sua necessidade com aquela das travestis, pois as duas tem mentalidades bem distintas e dessa mentalidade que nasce as necessidades diferentes.
ResponderExcluirOlá, Cibelle. Tudo bem?
ExcluirObrigado por participar de nosso Blog!
Então, o texto acima é apenas um trecho do livro mencionado. A distinção entre travestis e transexuais foi explicada em um capítulo à parte.
O objetivo do texto acima é explicar apenas o que é a identidade de gênero.
Volte sempre!
Abraços!
Pr. Alexandre Feitosa