Por Alexandre Feitosa
O apóstolo Paulo afirma que
“somos plenamente conhecidos por Deus”
(2ª Coríntios 5.11b), portanto, a primeira certeza que você precisa ter é que
nunca foi uma surpresa para Ele! Pode ter sido para sua família, para a
sociedade, não para Deus! Em sua onisciência, Deus já conhecia você
integralmente antes do seu nascimento e continua a conhecer profundamente. Ele
diz: “Antes de formar você no ventre de
sua mãe, eu o conheci...” (Jeremias 1.5).
Por isso, por nos conhecer tanto, Deus deseja realizar um
plano em nossa vida, tornando-nos novas criaturas, não pessoas diferentes, mas
pessoas novas! Seu intuito é modificar não o que SOMOS, mas como ESTAMOS!
Existe em Deus um profundo respeito por quem SOMOS e um profundo desejo de
mudar como ESTAMOS. Existe uma grande diferença entre o SER e o ESTAR. SER é
essência, é identidade, é condição permanente. ESTAR é transitório, é mutável,
é operável por Deus! Enquanto identidade, SER é aquilo que não podemos mudar;
Enquanto maneira de viver, de comportar-se, ESTAR é aquilo que pode ser mudado,
renovado! O intuito de Deus é tornar você uma NOVA pessoa, não OUTRA pessoa! Paulo
explica o que é ser NOVA criatura quando afirma: “As coisas antigas passaram, eis que uma nova realidade apareceu”.
(2ª Coríntios 5.17b) Coisas antigas referem-se a atitudes e comportamentos
antigos, cometidos antes de conhecermos o poder transformador de Deus, não à
realidade de quem SOMOS. Devemos viver uma NOVA realidade dentro daquilo que
SOMOS. Isso é ser uma nova criatura! A verdadeira liberdade em Cristo
passa pela verdade sobre quem SOMOS.
Jesus falou sobre o novo nascimento. Nicodemos, um fariseu
importante, imaginou que esse nascimento fosse a criação de uma nova pessoa,
por meio do nascimento físico. O Mestre logo tratou de desfazer a confusão:
novo nascimento não é a criação de OUTRA pessoa, mas a renovação da velha pessoa
por meio do Espírito Santo. Essa renovação incluía, principalmente, o andar
conforme orientação do Espírito. Confira João 3.1-8. Os fariseus, tão
orgulhosos de seu comportamento legalista, porém hipócrita, foram duramente
criticados por Jesus por pregarem algo que não viviam (Mateus 23.3). É o que
fazemos, não o que somos, que determinará se estamos ou não em Cristo.
Portanto, nossa identidade, nosso SER não são trocados por
Deus ao escolhermos sua Lei, mas nossos comportamentos e atitudes são renovados
e direcionados para Sua vontade! O passado deve ficar para trás e nosso olhar
deve estar focado no alvo futuro, o prêmio da salvação: “... esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as
que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado
celestial de Deus em Cristo Jesus.” Filipenses 3.13b e 14.
Deus conhece nossa identidade, seja ela de gênero, afetiva
ou sexual. Cada marca de nossa individualidade foi por ele não apenas
permitida, mas formada – se somos quem somos, sejamos para o louvor de sua
glória! A carta aos Efésios (1.4-6) afirma:
“Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis em sua presença. Em amor nos predestinou para sermos adotados
como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade,
para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado”.
Trecho do Livro "A Igreja Trans"
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